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Política

19/05/2022 às 15h12 - atualizada em 19/05/2022 às 17h15

Acta

MACEIO / AL

Entorno de Bolsonaro desaprova ofensiva contra Alexandre de Moraes, dizem aliados
A leitura, desde o grupo político ao militar, é de que as ações protocoladas no Supremo Tribunal Federal e na Procuradoria-Geral da República (PGR) não trazem ganho eleitoral.
Entorno de Bolsonaro desaprova ofensiva contra Alexandre de Moraes, dizem aliados
Analista afirma que entorno do presidente Bolsonaro não aprova ataques ao Judiciário. FOTO: reprodução

O entorno do presidente Jair Bolsonaro (PL) desaprovou seus mais recentes movimentos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. É o que revelam aliados de diferentes alas do governo.


A leitura, desde o grupo político ao militar, é de que as ações protocoladas no Supremo Tribunal Federal e na Procuradoria-Geral da República (PGR) não trazem ganho eleitoral em um momento em que, para ser reeleito, ele precisa conquistar um eleitor de centro que repudia radicalismos.


Muito embora haja a percepção de que Bolsonaro age formalmente do modo correto, apresentando questionamentos previstos na legislação, a avaliação, por exemplo, da ala política é de que ele nada ganha ao brigar com o STF.


Mas prefere fazê-lo por acreditar que Moraes age politicamente contra ele e mede forças diariamente com o presidente. Suas ações judiciais das últimas 24 horas teriam, portanto, como objetivo tentar mostrar ao país que Moraes trabalha contra ele e não respeita a Constituição.


Dentre militares, há uma avaliação semelhante. Se, por um lado, apontam que o objeto central do questionamento de Bolsonaro contra Moraes –o inquérito das fake news– padece de constitucionalidade apesar de o STF tê-lo julgado constitucional, também se posicionam contrários às mais recentes ações do presidente.


As duas alas dizem não terem sido consultadas sobre as ações. A sensação é de que o clima nunca esteve tão ruim e o diálogo entre o Palácio do Planalto e o STF tão interditado como agora.


Há, contudo, um sentimento de que a cúpula do Judiciário, Edson Fachin e Moraes à frente, ampliaram as provocações contra Bolsonaro ao apontarem constantemente o risco de uma ruptura institucional.


Também avaliam que o presidente do STF, Luiz Fux, não tem o mesmo perfil de seu antecessor, Dias Toffoli, mais afeito a composições políticas e a distensionamentos entre poderes.


Integrantes da coordenação da campanha, muito ligada à ala política, disseram a CNN que o conflito institucional não é, em princípio, o mote de campanha. O plano, hoje, é focar o discurso em realizações do governo, justamente para tentar diminuir a rejeição e melhorar os índices de ótimo/bom/regular de Bolsonaro. Em outra frente, atacar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder das pesquisas. A campanha avalia que, apesar da dianteira do petista nas pesquisas, a eleição está indefinida e sem favoritos.

FONTE: CNN Brasil

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