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Polícia

08/12/2022 às 20h07 - atualizada em 08/12/2022 às 20h10

Acta

MACEIO / AL

Polícia Civil ouve 4 PMs que participaram da blitz que terminou com a morte de empresário em Arapiraca-AL
Policiais foram ouvidos na Deic. Marcelo Barbosa foi atingindo nas costas por um tiro de fuzil durante perseguição. Mais dois policiais devem prestar depoimento na sexta-feira.
Polícia Civil ouve 4 PMs que participaram da blitz que terminou com a morte de empresário em Arapiraca-AL
Marcelo Barbosa tinha 31 anos e morreu em hospital de Arapiraca — Foto: Arquivo pessoal

Quatro policiais militares que participaram da abordagem que resultou na morte do empresário Marcelo Leite Barbosa, em Arapiraca, Agreste de Alagoas, prestaram depoimento à Polícia Civil nesta quinta-feira (08). O depoimento de mais dois policiais está previsto para sexta-feira (9).


Os PMs foram ouvidos no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por uma comissão formada por três delegados designados para apurar o caso. O delegado Sidney Tenório, que faz parte da comissão, disse que enquanto as investigações estiverem acontecendo o caso segue em sigilo.


Entre os dois depoimentos previstos para a sexta-feira, está o do PM que atirou em Marcelo.


"A comissão ouviu hoje esses quatro policiais militares, mas, como o conteúdo é sigiloso, foi decidido que somente haverá novo pronunciamento quando tiver algo mais concreto", disse o delegado.


Marcelo foi baleado nas costas por um tiro de fuzil durante a abordagem policial e ficou dias internado em um hospital em Arapiraca. Depois, ele foi transferido, em estado grave, para um hospital em São Paulo, onde faleceu na segunda-feira (5).


Segundo os policiais, o empresário dirigia em rodovia em alta velocidade e se negou a parar na blitz. Os policiais contam que ele estava armado e que tentou atirar contra a guarnição. Essa versão, no entanto, é contestada pela família de Marcelo, que garante que a arma encontrada no veículo do empresário foi implantada pelos PMs.


A comissão de delegados já ouviu familiares e também cinco testemunhas que presenciaram a abordagem dos policiais. De acordo com Tenório, as versões dessas testemunhas contradizem o que foi dito pelos PMs.


"Até então, a gente tinha a versão somente dos policiais, que dizem que atiraram em legítima defesa porque o Marcelo tentou atirar contra eles. Mas os depoimentos das testemunhas dizem outra coisa", disse o delegado.


As armas dos policiais, assim como a arma apresentada por eles como sendo a de Marcelo, serão periciadas. Já a reprodução simulada do caso vai ser feita pela Polícia Científica.


 

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