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Política

31/01/2023 às 10h35 - atualizada em 31/01/2023 às 19h27

Acta

MACEIO / AL

Brasil repete nota e mantém desempenho ruim em ranking que mede percepção sobre corrupção
País ficou no 94º lugar no índice que avalia percepção de integridade no setor público em 180 países, da Transparência Internacional. Entidade diz que Brasil perdeu uma década de avanços.
Brasil repete nota e mantém desempenho ruim em ranking que mede percepção sobre corrupção
Brasil ocupa a 94ª posição no ranking mundial da corrupção — Foto: Marcos Serra Lima/g1

O Brasil registrou 38 pontos e ficou em 94º lugar entre 180 países no ranking mundial da corrupção divulgado pela Transparência Internacional na madrugada desta terça-feira (31).


É o terceiro ano consecutivo que o Brasil mantém um desempenho ruim no índice, de acordo com a organização.


O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) mede como especialistas e empresários enxergam a integridade do setor público nos 180 países pesquisados. A nota vai de 0 a 100, onde 0 significa “altamente corrupto” e 100 significa “muito íntegro”.


Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.


Etiópia, Argentina, Tanzânia e Marrocos obtiveram a mesma nota que o Brasil.


Para a Transparência Internacional, o resultado mostra que o país perdeu uma década de avanços no combate à corrupção.


A pior avaliação obtida pelo Brasil, de 35 pontos, foi registrada em 2018 e 2019. O segundo pior desempenho ocorreu em 2017, com 37 pontos.


Posição do Brasil nos levantamentos:


2022 - 94ª posição


2021 - 96ª posição


2020 - 94ª posição


2019 - 106ª posição


Notas do Brasil:


2022 - 38 pontos


2021 - 38


2020 - 38


2019 - 35


Outros países no ranking:


1º lugar - Dinamarca - 90 pontos


2º lugar - Finlândia - 87 pontos


3º lugar - Nova Zelândia - 87 pontos


Média global - 43 pontos


Média dos países do continente americano - 43 pontos


Avaliação da Transparência


O resultado obtido pelo Brasil, afirma a Transparência, “reflete o desmanche acelerado dos marcos legais e institucionais anticorrupção que o país havia levado décadas para construir” e a “degradação” das instituições democráticas do país durante o governo Bolsonaro.


Segundo a Transparência Internacional, embora o Brasil tenha avançado dois lugares no ranking, o desempenho em relação ao combate à corrupção permaneceu inalterado porque houve a piora de outros países.


Outros países


No levantamento de 2022, Somália (12 pontos), Síria e Sudão do Sul (13) ocuparam as últimas posições do ranking. A lista de dez países considerados “altamente corruptos” é completada por Venezuela, Iêmen, Líbia, Coreia do Norte, Haiti, Guiné Equatorial e Burundi.


Segundo a Transparência Internacional, parte da nota obtida por esses países pode ser atribuída, além do retrocesso em instituições democráticas, a conflitos armados nas regiões.


“A corrupção e os conflitos armados alimentam um ao outro e ameaçam a paz duradoura. De um lado, os conflitos criam um terreno fértil para a corrupção”, afirma o relatório.


A melhora no cenário da corrupção pode ser alcançada, na avaliação da instituição, por meio da promoção da transparência e do fortalecimento de instituições que são “fundamentais para evitar mais conflitos e preservar a paz”.

FONTE: G1

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