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06/06/2023 às 18h22 - atualizada em 07/06/2023 às 08h24

Acta

MACEIO / AL

Desembargador é suspeito de manter mulher surda e muda em trabalho escravo
MPF: trabalhadora está há mais de 20 anos na casa do desembargador Jorge Luiz Borba sem salário
Desembargador é suspeito de manter mulher surda e muda em trabalho escravo
Jorge Luiz Borba: é alvo de ação da PF e, segundo MPF, vítima nunca recebeu salário ou qualquer outra verba trabalhista. (Foto: reprodução/YouTube)

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta terça-feira (06) mandado de busca e apreensão na residência do desembargador Jorge Luiz Borba, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).


As ordens judiciais foram cumpridas em sua residência, em Florianópolis.


O desembargador é alvo de investigação sob suspeita de manter uma trabalhadora doméstica em condições análogas à escravidão.


De acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF), a trabalhadora é surda e muda, está há mais de 20 anos na casa do magistrado e nunca recebeu salário ou qualquer outra verba trabalhista. A busca foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pedido do órgão acusador.


Ainda segundo o MPF, as investigações tiveram início após diligências do Ministério Público do Trabalho (MPT), que reforçaram as suspeitas após ouvir testemunhas. “Os relatos são de trabalho forçado, jornadas exaustivas e condições degradantes”, disse a Procuradoria da República em Santa Catarina.


Além de não receber salário, muito menos ter carteira assinada, a doméstica também seria submetida a condições materiais de vida degradantes, tendo ainda negada assistência à saúde pelo desembargador e sua esposa. Ela também nunca recebeu instrução formal e não mantém vínculos sociais, conforme as investigações.


“Na decisão que determinou a medida cautelar, já foi autorizado o resgate da trabalhadora e a emissão das guias para a quitação das verbas trabalhistas devidas”, informou o MPF. A Agência Brasil tenta contato com a defesa do desembargador. Até o momento, o TJSC não se manifestou sobre o caso.

FONTE: Brasil 247 citando Agência Brasil (Felipe Pontes)

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