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28/04/2024 às 15h50 - atualizada em 28/04/2024 às 15h47

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MACEIO / AL

Escola suspende alunas acusadas de racismo contra filha da atriz Samara Felippo
Alunas do 9° ano pegaram um caderno da garota negra de 14 anos, arrancaram as folhas e escreveram ofensas raciais em uma das páginas
Escola suspende alunas acusadas de racismo contra filha da atriz Samara Felippo
Escola suspende alunas acusadas de racismo contra filha da atriz Samara Felippo - Foto: Rede social

A escola de alto padrão Vera Cruz, na Zona Oeste de São Paulo, suspendeu por tempo indeterminado as duas alunas acusadas de ato de racismo contra uma das filhas da atriz Samara Felippo na semana passada.


O episódio foi narrado pela atriz ao g1 neste sábado (27), quando Felippo contou que a menina negra de 14 anos teve o caderno rasgado e rasurado com frases racistas escritas pelas adolescentes punidas.


A vítima é filha de Samara com o ex-jogador de basquete Leandro Barbosa, o Leandrinho, que mora nos Estados Unidos, e atualmente tem mais duas filhas com outra mulher.


Em comunicado interno às famílias, ao qual o g1 teve acesso, o coordenador pedagógico do Vera Cruz - Daniel Helene – narrou às famílias as punições que as duas meninas do 9º ano receberam do colégio, após terem sido descobertas como autoras da agressão.


“Na quinta-feira, dia 25 de abril, as alunas agressoras foram convocadas pela Escola para devolução das folhas arrancadas do caderno, bem como para serem informadas oficial e presencialmente das sanções que seriam aplicadas a elas. As sanções envolvem a proibição da participação delas na viagem de Estudo do Meio na Serra da Canastra e uma suspensão por tempo indeterminado, iniciada na própria quinta-feira”, disse Helene.


O coordenador do Vera Cruz também não descartou outras punições às duas alunas e disse que as famílias das jovens agressoras foram convocadas pela escola.


“As ações punitivas são determinadas conforme regras e procedimentos institucionais, que levam em consideração os sentidos das punições no ambiente escolar. As sanções foram definidas pela equipe de Orientação, Coordenação e Direção, considerando a gravidade das ofensas. É importante sublinhar que as alunas não reincidiram em agressões racistas; a Escola nunca havia tomado conhecimento de qualquer atitude racista de ambas as alunas. Ações de reparação ainda serão definidas”, declarou o coordenador.


O Vera Cruz é uma das escolas mais tradicionais e caras da capital paulista. A mensalidade custa cerca de R$ 4.928,00 por mês para alunos do 9° ano e R$ 5.344,00 para estudantes do ensino médio.


O colégio tem um intenso trabalho de educação antirracista e apresentou o projeto inclusive na sede da Organizações das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, durante a 3ª Sessão do Fórum de Pessoas Afrodescendentes.


"Construir uma escola e uma pedagogia antirracistas são desafios assumidos por toda a nossa comunidade escolar, com senso de urgência e responsabilidade social. Nosso Projeto para as Relações Étnico-Raciais é uma iniciativa ambiciosa que permite a oferta de bolsas de estudo para alunos pretos, pardos e indígenas na Escola Vera Cruz", declara a escola nas redes sociais.


Oficialmente, o colégio ainda não se pronunciou sobre o episódio envolvendo a filha de Samara e Leandrinho. 

FONTE: G1

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