06/05/2021 às 20h44 - atualizada em 07/05/2021 às 10h01
Acta
MACEIO / AL
O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informou nesta quinta-feira (6) que pedirá ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello que encaminhe à comissão um exame de detecção do coronavírus.
Randolfe fez o anúncio após repórter do jornal "O Estado de S. Paulo" ter informado que Pazuello se reuniu nesta quinta em Brasília com o ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lonrezoni. O pedido de Randolfe terá de ser aprovado pela comissão.
O G1 buscava contato com as assessorias de Onyx e do Exército até a última atualização desta reportagem.
Convocado a prestar depoimento à CPI, isto é, com obrigatoriedade de comparecimento, Pazuello seria ouvido nesta quarta (5). Entretanto, o depoimento do general do Exército foi remarcado para o próximo dia 19 em razão de o ex-ministro ter dito que entrou em contato com pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
"Por que ele não compareceu à CPI e, ato contínuo, recebe pessoas, mesmo tendo alegado que estava sob suspeita de infecção para não vir à CPI?", questionou Randolfe nesta quinta-feira.
"É uma providência a ser tomada por esta CPI: requisitar o exame para ele encaminhar com urgência para que a CPI tome uma providência", acrescentou.
O vice-presidente da comissão classificou ainda como "lamentável e triste" um ex-ministro da Saúde receber visitas nessa situação. "No mínimo, é infração à ordem sanitária. No máximo, é obstrução à investigação" disse Randolfe.
Além de ter se reunido com Onyx, a reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" informa que, na prática, Pazuello tem mantido uma rotina de poucos cuidados dentro das dependências do hotel militar onde reside.
Segundo o jornal, ele foi visto, nesta quinta-feira, circulando sem máscara e usando o telefone da recepção para fazer ligações.
'Ninguém' pode proibir visitas
Sobre a visita do Onyx ao Pazuello, Omar Aziz fez comentários no retorno da reunião da CPI.
"Não foi o ex-ministro Pazuello que foi ao Onyx. O Onyx foi fazer uma visita e isso foi uma questão pessoal deles. Ninguém pode proibir alguém de visitar ninguém, mesmo estando com suspeita de Covid. Eu espero que, se o Pazuello estiver com Covid, que o Onyx não se contamine. Vamos torcer para isso. No mais, não podemos fazer mais nada", disse Omar Aziz.
Na sequência, o presidente da CPI afirmou:
“Qual foi o crime que o ex-ministro cometeu? Se ele recebe a visita de alguém, qual é o problema? Por isso que as pessoas acham que a gente quer politizar isso aqui. Quando não tem lógica, não tem lógica”.
Renan Calheiros, relator da CPI, descartou a tomada de uma medida mais drástica, como uma condução coercitiva – que foi sugerida por Fabiano Contarato (Rede-ES). O emedebista lembrou decisão do STF que declarou inconstitucional a condução coercitiva. Mas criticou Pazuello:
“Nós não cogitamos isso, isso seria uma requisição em caso gravíssimo. Ele precisa colaborar e deixar de usar o Exército como biombo para não vir à CPI. Isso é irresponsável”, afirmou Renan.
Articulador político do Planalto
Onyx Lorenzoni foi escolhido pelo Palácio do Planalto como coordenador político do grupo governista que atua na CPI da Covid.
Segundo o colunista do G1 Gerson Camarotti, todos os assuntos relacionados à CPI passam pelo ministro.
A decisão foi tomada após uma reunião entre ministros e senadores, quando a CPI começou a ouvir os ex-ministros da Saúde Luiz Henriqu Mandetta e Nelson Teich.
O chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, ficou responsável pela coleta de informações nos ministérios e por abastecer com dados a tropa de choque governista na Comissão.
FONTE: G1
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