08/05/2021 às 19h55
Felipe Farias
Maceió / AL
A profusão de pesquisas de intenção de voto ainda “carrega” influência da campanha para prefeito. Mesmo que sejam retrato importante para projetar alianças, ajudar a tomar decisões e dar ao próprio eleitor uma dimensão do quadro para o ano que vem, os levantamentos “refletem o momento”.
E, como tal, o fato político de âmbito – ao mesmo tempo – nacional e local recente que mais mexeu com o eleitor foram as eleições municipais.
“Este retrato se deve muito à eleição de 2020”, diz o cientista político Marcelo Bastos, responsável por pesquisa divulgada nessa sexta-feira (07) para governo e Senado.
De acordo com levantamento do instituto MB Pesquisas, num dos cenários, JHC é o favorito.
Em outro cenário, se seu nome é substituído pelo do aliado Rodrigo Cunha (PSDB), o senador alagoano fica em segundo, atrás de Davi Davino (PP).
Para Bastos, dirigente do instituto, todos esses cenários reforçam a relação entre momento político a o último pleito.
“JHC teve uma eleição extraordinária: no segundo turno ele teve 17 pontos percentuais à frente do candidato, tanto do prefeito, como do governador – Alfredo Gaspar. Então, esse resultado da pesquisa, no que se refere a JHC, ainda é reflexo da eleição de 2020”, reforça Bastos.
“Como é o caso do próprio Davi Davino, que aparece bem na pesquisa. Ele foi o terceiro colocado, teve 97 mil votos, quase ia para o segundo turno. Todo o quadro refletido nessas primeiras pesquisas tem muito a ver com a eleição passada, porque esses nomes ficaram muito na mídia, tiveram muita visibilidade. Então, esse é um fato que você não pode desconsiderar”, reforça.
Situação semelhante se deu, segundo ele, com Rui Palmeira (Podemos), cujo nome aparece entre os potenciais candidatos. Assim como o de Cunha.
“Quer queira quer não, [Rui] passou muito tempo como prefeito, as pessoas lembram dele, mesmo com as falhas e os equívocos que ele teve como prefeito. Rodrigo Cunha, logicamente, ia aparecer. Teve 170 mil votos na frente de Renan Calheiros [MDB], na última eleição para o Senado, em 2018. E ele deve ser o candidato de JHC”, projeta Bastos.
E lembra que a cena política é feita pela predominância de alianças entre lideranças políticas – que chama de ciclos.
“Tivemos o ciclo de Suruagy com Guilherme, tivemos o ciclo de Ronaldo com Kátia Born e agora parece que vai ser o ciclo de JHC com Rodrigo Cunha. Não podemos desconsiderar os Calheiros. Se a eleição fosse hoje (e pesquisa é o retrato do momento), Renan Filho seria disparadamente o senador de Alagoas”, conclui.
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