17/06/2021 às 20h45 - atualizada em 18/06/2021 às 10h53
Lucas Malafaia
Maceió / AL
Era pra ser um dia de folga como outro qualquer na rotina do Sargento Fabrício Malta, do Corpo de Bombeiros de Alagoas. Ele nem imaginanava que o destino tinha lhe reservado mais um ato de heroísmo na carreira.
O militar, de 44 anos, que está há 15 na corporação, estava em uma oficina de motos , no bairro de Jacarecica, na manhã desta quinta-feira (17). De repente, percebeu uma movimentação estranha no viaduto, a cerca de 300 metros de onde ele estava.
Em meio à uma aglomeração, o Sargento Malta avistou uma senhora sobre a mureta de proteção e logo concluiu: era mais uma tentativa de suicídio em andamento.
Malta não pensou duas vezes. Pegou sua motocicleta e rapidamente chegou ao local. Lá, encontrou a mulher bastante nervosa, dizendo o tempo todo que iria pular.
“Ela estava na mureta , como se tivesse em cima de um cavalo, com uma perna de cada lado. Fui me aproximando e comecei a conversar com, tentando convencê-la a não se jogar”, relatou o Sargento.
O Sargento Malta conta que o marido da senhora também estava no local tentando convencê-la, mas sem muito sucesso.
“Foi então que eu pedi pra ele se afastar um pouco, já pensando em ter mais espaço para agir, se necessário”, disse Malta.
E foi o que aconteceu. Logo em seguida, a senhora passou a segunda perna para o lado de fora da mureta de proteção do viaduto e ficou apoiada apenas pelos cotovelos.
“Nesse instante tive a certeza de que teria que mudar a estratégia. Ela não suportaria o peso do próprio corpo por muito tempo. Aproveitei a oportunidade que tive e agi rápido. Corri e a abracei, puxando-a de volta para o viaduto”, descreveu.
Após ser puxada, a senhora continuou chorando muito. Malta acionou uma equipe do Corpo de Bombeiros, que fez o transporte dela até um hospital especializado em problemas psiquiátricos de Maceió.
VEJA O VÍDEO:
SENTIMENTO DE ALÍVIO E DEVER CUMPRIDO
Mesmo de folga, o Sargento Malta provou que um militar deve estar sempre pronto para servir à sociedade. Ele ficou aliviado e grato pelo desfecho da ocorrência.
“O sentimento é de alívio e de dever cumprido, mesmo em um dia de folga. Não queremos que esse tipo de ocorrência aconteça, mas devemos estar sempre preparados. Fico feliz e grato a Deus, porque tudo terminou bem. O pior poderia ter acontecido. Em um momento assim, delicado, ficamos entre o céu e o infermo. É tudo ou nada”, afirmou.
PARTO NA AMBULÂNCIA NO RJ
O ano era 2013. Malta representava o Corpo de Bombeiros de Alagoas na Força Nacional, que cumpria uma missão na comunidade Santo Amaro, no Catete, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Na época, o então soldado fez um parto dentro de uma ambulância. O bebê, que recebeu o nome de Artur, veio ao mundo pelas mãos do alagoano.
A mãe, Andressa Estevam de Souza, 18 anos, contou que antes de pedir ajuda aos integrantes da Força Nacional, havia dado entrada na Maternidade-escola da UFRJ, em Laranjeiras, sentindo contrações. Contudo, o médico que a atendeu disse que o bebê não nasceria naquele dia, por isso voltou para casa. Por volta das 3h30 da madrugada as dores aumentaram.
“Deitamos a Andressa na maca da ambulância, a caminho do hospital, pois percebi que as contrações estavam com o intervalo curto, de dois em dois minutos, e que o bebê podia nascer a qualquer momento” contou o então Soldado, que estava de plantão naquela noite.
Quando Andressa se despiu para ser atendida, ele já conseguia ver os fios de cabelo do bebê e pediu para que a ambulância parasse antes de chegar à maternidade. Em seguida, deu início aos procedimentos do parto, e Artur nasceu.
“A primeira sensação é de preocupação. Fui verificar se o cordão umbilical não estava enrolado no pescoço e depois colocar na posição certa para abrir as vias aéreas. Depois de ouvir o choro, foi aquele alívio e satisfação! Agradeço a Deus aquele momento, pois às vezes você passa a vida toda como bombeiro e não tem a oportunidade de fazer um parto. O bebê está marcado na minha história, e eu na história dele. Foi um presente divino!” relatou o militar.
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