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16/09/2021 às 11h59 - atualizada em 16/09/2021 às 18h24

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Ministério da Saúde volta atrás e não mais recomenda vacinar adolescentes sem comorbidades
Nota do Ministério no início de setembro previa vacinação nesse grupo a partir do dia 15
Ministério da Saúde volta atrás e não mais recomenda vacinar adolescentes sem comorbidades
Ao voltar atrás, Ministério diz que maioria dos adolescentes com Covid tem sintomas leves ou são assintomáticos. (Fotos: reprodução/divulgação)

O Ministério da Saúde publicou uma nota informativa nesta quarta-feira (15) em que volta atrás sobre a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação deste grupo.


A vacinação deve ficar restrita a três perfis específicos: adolescentes com deficiência permanente, adolescentes com comorbidades, e adolescentes que estejam privados de liberdade.


A nota informativa desta quarta contraria uma outra publicada pela pasta em 2 de setembro, que recomendava a vacinação para esses adolescentes a partir do dia 15.



O recuo é o segundo na semana: na quarta-feira, após o ministro Marcelo Queiroga dizer que há "excesso de vacinas", o governo voltou atrás e manteve o intervalo de 12 semanas para a segunda dose da vacina AstraZeneca. A previsão era reduzir para 8 semanas neste mês.


Novos argumentos do ministério


O ministério ressalta que os adolescentes sem comorbidades formariam o "último subgrupo elegível para vacinação e somente vigoraria a partir do dia 15 de setembro".


Em suas justificativas para deixar de prever o público amplo, a nota argumenta que a "Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades".


Entretanto, a afirmação não corresponde ao posicionamento da entidade. A OMS afirma que "crianças e adolescentes são menos propensos a ter complicações por causa da doença", mas na sequência diz que a vacinação ampla deste público é "menos urgente" do que vacinar outros grupos, como pessoas mais velhas, com comorbidades e trabalhadores da saúde.


O próprio Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que participa das decisões sobre os rumos do Plano Nacional de Imunizações, divulgou nota na quarta afirmando que a "vacinação de todos os adolescentes é segura e será necessária".


Além disso, em seu recente posicionamento, o Ministério da Saúde destaca ainda que a "maioria dos adolescentes sem comorbidades" não sofrem de casos graves da doença, que há "somente um imunizante" avaliado em ensaios clínicos, e que "os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos".


Por fim, o governo ressalta a "redução na média móvel de casos e óbitos (queda de 60% no número de casos e queda de mais de 58% no número de óbitos por covid-19 nos últimos 60 dias) com melhora do cenário epidemiológico".


O portal G1, autor da matéria, informou ter tentado contato com o Ministério da Saúde desde o começo da manhã desta quinta-feira (16).


“Mas ainda não obteve esclarecimentos sobre a medida. A assessoria da pasta informou que será divulgada uma nota sobre o tema”, reportou o portal.

FONTE: G1

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