13/01/2022 às 16h15 - atualizada em 13/01/2022 às 16h27
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As vacinas pediátricas contra a covid-19 devem chegar a Alagoas nesta sexta-feira (14), de acordo com o Ministério da Saúde. O órgão não divulgou a quantidade de doses a serem enviadas.
A logística de distribuição aos municípios é de responsabilidade do governo estadual, que diz estar preparado para a imunização desse público-alvo.
Mais de 363 mil crianças alagoanas de 5 a 11 anos estão aptas a receber o imunizante contra a covid. A vacina para os pequenos é a Comirnaty/Pfizer Pediátrica, com formulação específica para esse público.
Por ser diferenciada, a Anvisa determinou recomendações para a aplicação deste imunizante. Seguindo o Plano Nacional de Imunização em Alagoas (PNI/AL), os municípios alagoanos precisaram passar por uma capacitação para que o manuseio, armazenamento e aplicação das vacinas sejam realizados da forma correta.
De acordo com a enfermeira do PNI/AL, Amélia Albuquerque, o treinamento é necessário por conta das especificidades da vacina. "Ao contrário das vacinas destinadas aos adultos, esta tem uma dosagem diferenciada de 0,2 ml. O tempo de validade e a forma de armazená-las também são diferentes. Nas crianças, a vacina deve ser aplicada de forma intramuscular, o local preferencial, o músculo deltóide (braço)”, esclareceu.
Em uma reunião realizada pelas secretarias municipais de Maceió na última terça (11), foi informado que a previsão para começar a vacinação das crianças contra a Covid é a próxima segunda (17).
O voo com o primeiro lote de vacinas chegou ao Brasil na madrugada desta quinta (13), no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Com exceção de São Paulo, em que o transporte será via terrestre, todos os demais estados do país, mais o Distrito Federal, receberão as doses por avião.
Pelas regras do governo federal, a vacinação ocorrerá em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente e para crianças quilombolas e indígenas; sem necessidade de autorização por escrito, desde que pai, mãe ou responsável acompanhe a criança no momento da vacinação; com intervalo de oito semanas – um prazo maior que o previsto na bula, de três semanas.
Vacinar as crianças para a proteção de todos
Um dos assuntos mais discutidos ultimamente, a vacinação de crianças contra a covid-19 tem causado discussões. Em entrevista ao Acta, a presidente da Sociedade Alagoana de Pedriatria, pediatra Ana Carolina Ruela Pires, enfatizou que a vacina é segura e destacou a importância de imunizar os pequenos para proteger toda a sociedade.
Ela afirmou que, embora as crianças infectadas com a covid-19 não tenham uma alta taxa de internação e de mortalidade, o vírus circula entre os pequenos. "Como existe uma força vital para que ele [o vírus] sobreviva, as crianças continuam sendo agentes de transmissão. Quando eu vacino o meu filho, que é saudável, eu estou cuidando da população geral", explicou.
Clique aqui e assista a entrevista com a pediatra.
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