04/11/2022 às 16h21
Alberto Lima
Maceió / AL
O evento Vamos Subir a Serra, que acontece entre os dias 11 e 19 de novembro em Maceió e União dos Palmares, traz na capital alagoana o Espaço Beleza Negra, que vai levar para o público visitante a partir do dia 11 até o dia 15, das 15h às 23h, serviços, debates e oficinas na Tenda Cultural Zumbi dos Palmares, que será erguida na Praça Multieventos, orla da Pajuçara.
O Espaço Beleza Negra será uma das atrações do Vamos Subir a Serra, e contará com várias atividades voltadas para a estética afro. Já no dia 11, às 17h, será realizada uma roda de conversa sobre autocuidado e bem-estar para o dia a dia.
A partir do dia 12, a programação de estética afro fica por conta das oficinas de trançado e maquiagem para pele negra. No dia 13, as atividades estarão voltadas para os turbantes e cortes a seco. No dia 14, os cachos serão temas principais da oficina, assim como o desafio do autocuidado no cotidiano. Em 15 de novembro, as oficinas do Espaço Beleza Negra levarão novamente ao público os turbantes, trançados e, para finalizar, momento de relaxamento e equilíbrio energético.
As oficinas de turbantes serão ministradas pela afro-empreendedora Tereza Olegário, que veio da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro e mora em Maceió desde 2005.
Ela reforça, por exemplo, que os turbantes – que tem origem na África e no Oriente – são mais que um acessório, são uma forma de expressão, símbolo de resistência e combate ao preconceito.
“Os turbantes são acessórios que podem ser usados tanto por homens como por mulheres. É um acessório que faz parte da moda africana, mas para além disso, ele também faz parte de atos religiosos. E por isso tem significados. Nas religiões, por exemplo, ele é símbolo de fé, trazendo consigo proteção da cabeça. Os turbantes estão ligados aos fatos que construíram a história do povo negro, de muita luta, resistência, combate ao preconceito, e eles também simbolizam e expressam isso”, enfatiza.
Tereza Olegário acrescenta, ainda, que apesar de as pessoas se sentirem atraídas pelos turbantes por causa da beleza, é essencial que elas entendam a simbologia que eles carregam. E ressalta que, apesar de ter raízes africanas, os turbantes podem ser usados por qualquer pessoa. “Temos etnia resultado de miscigenação e, por isso, o povo brasileiro pode usar e, inclusive, adquirir o hábito de usá-lo”.
O projeto Vamos Subir a Serra é realizado há seis anos pelo Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, uma entidade do movimento negro alagoano, vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs).
A programação contará com várias atividades voltadas para a gastronomia afro-brasileira, afro-empreendedorismo, estética afro, apresentações culturais, shows musicais, oficinas, debates, palestras, participações de personalidades importantes do movimento negro, com o objetivo de fomentar, fortalecer e dar visibilidade às potencialidades e à ancestralidade negra.
A Sexta Edição do Projeto Vamos Subir a Serra conta com o patrocínio Master do TIKTOK, e parcerias com a Fundação Municipal de Ação Cultural – Fmac; Secretaria de Estado da Cultura – Secult, Fundação Cultural Palmares, através de emenda parlamentar do deputado federal Paulão; Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SNPIR, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos através de emenda parlamentar do Senador Rodrigo Cunha, além de emenda parlamentar da deputada federal Teresa Nelma, e dos apoios da UFAL através do Neabi, Nassau e Prefeitura de União dos Palmares.
Notícia retirada do: https://www.tribunadosertao.com.br/2022/11/vamos-subir-serra-tera-espaco-voltado-para-beleza-negra-na-praca-multieventos/
FONTE: ASSESSORIA
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