31/05/2023 às 00h21
Felipe Farias
Maceió / AL
Um grupo de dez vereadores deverá formalizar a bancada de oposição na Câmara Municipal de Maceió. A oficialização deve se dar ainda nesta semana, o que na prática, serão os primeiros dias de junho.
A exemplo de negociação para confirmar alguns nomes, está em discussão o formato de evento, mas, como virou tradição em outros momentos de anúncio, divulgação ou lançamento oficiais e públicos em âmbito municipal, deve ocorrer com um café da manhã.
Independente do tipo de solenidade, o momento servirá para a foto; o que virou uma espécie de protocolo do Legislativo municipal.
Tão logo teve início o atual mandato, e se deu a disputa pela direção da Mesa diretora da Câmara, se intensificaram as articulações e negociações, cujo acirramento veio com a migração (ou cooptação – e até outros termos menos elegantes, como queiram) de vereadores para cá e para lá.
E o que sentenciava a posição adotada era a tal oficial em grupo, o que não raro se deu em reuniões que entravam pela noite.
O motivo para a definição atual do bloco: momento político.
No ano que antecede as eleições municipais – para vereadores e prefeito – é preciso deixar claro para o eleitor de que lado se está: com o prefeito ou adversário dele.
Assim como no início do mandato era preciso, politicamente falando, formar um bloco, também alinhado ou não ao prefeito, o que se materializava na conquista do órgão diretivo do Legislativo de Maceió: a Mesa diretora da Câmara.
O grupo já teria definidos ao menos seis nomes: a vereadora Gaby Ronalsa (PV) e Aldo Loureiro (PP), pela correlação com deputados estaduais da bancada do governo – Dudu Ronalsa (MDB) e Léo Loureiro (MDB), respectivamente –, Zé Márcio Filho (Podemos), Brivaldo Marques (MDB) e João Gabriel (Joãozinho – PSD), que já faz oposição ao prefeito JHC (PL) e é politicamente ligado ao ex-prefeito e atual secretário de Estado, Rui Palmeira (PSD), natural opositor ao gestor municipal do momento.
Outro nome que pode vir a integrar a bancada é o vereador Alan Balbino (PSD), que chegou a vislumbrar a permanência na Câmara ameaçada, caso não oficializasse uma posição alinhada ao governo do Estado – de oposição ao chefe do Executivo de Maceió.
É que o atual integrante do Legislativo da capital está na condição de suplente do vereador Kelmann Vieira, que, por sua vez, ocupa cargo no governo do Estado, como secretário da Prevenção da Violência.
A articulação incluiu exonerar o secretário, levando-o de volta para a Câmara e assim manter o número de vereadores fiéis ao Estado – e, portanto, adversários de JHC.
Mais dois nomes apontados como virtuais integrantes do bloco, mas, que, hoje, teria uma postura mais independente são a vereadora Teca Nelma (PSD) e o vereador Dr. Valmir (PT).
Com ambos, um dos argumentos para firmar a aliança é ideológico: ao defenderem princípios contrários ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos fiadores da entrada do prefeito de Maceió em seu partido, cuja filiação mereceu visita de JHC ao então ocupante do Planalto.
Por fim, também estariam em fase de negociações a vereadora Silvania Barbosa (MDB) – cuja formalização no grupo também passa pela Assembleia Legislativa, onde o marido, Marcos Barbosa (Avente) exerce mandato – e o vereador Fernando Holanda (MDB).
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