05/02/2024 às 17h39 - atualizada em 06/02/2024 às 08h20
Acta
MACEIO / AL
No último domingo (4), a orla de Maceió tremeu e se encheu de energia com o desfile do bloco carnavalesco "Rasgando o Couro Rock Maracatu". Milhares de foliões foram contagiados pela fusão única de ritmos, onde o rock and roll se misturou ao batuque envolvente do maracatu.
Cerca de 60 integrantes, entre batuqueiros e músicos de harmonia, juntos com o talento e voz marcante da cantora alagoana Fernanda Guimarães, apresentaram um repertório com clássicos do rock, MPB, ritmos regionais e, claro, as músicas autorais do grupo, que fizeram o público pular, dançar e cantar alto.
O desfile, que teve como tema “Nordeste, Minha Nação”, foi marcado também por participações especiais com os talentosos artistas Fidellis, Telma César, Wilma e Mel Nascimento. Um destaque especial foi o feat de Fernanda Guimarães e Dryka Dantas, que encantou o público com a música "Pontal ao Jaraguá", um dos grandes sucessos do Coletivo Rock Maracatu.
E quem emocionou o público foi a cantora Ana Cañas, que abriu a sua participação especial cantando Sujeito de Sorte e Como Nossos Pais, do cantor cearense Belchior. Em meio às canções, ela reforçou a importância do respeito à diversidade, a resistência e celebrou a importância do Nordeste, deixando um recado de carinho ao povo maceioense que acompanhava o desfile.
“Na música, ainda vemos muito o protagonismo masculino e quando uma mulher ocupa esse lugar, é revolucionário. Agradeço o convite da Fernanda Guimarães, uma querida, e o carinho com que sempre sou recebida em Maceió!”, afirmou Ana Cañas.
Inclusão e diversidade
Durante o desfile do RCRM, pessoas com deficiência puderam acompanhar todo o percurso com segurança, fazendo parte da área destinada para PCDs.
“O Carnaval é a festa mais democrática do país, onde todos devem ter direito de aproveitar e terem suas necessidades atendidas. Por isso, o RCRM dedica não apenas uma área especial, como também conta com tradução em Libras durante todo evento.”, explica Fernanda Guimarães, vocalista e fundadora do Coletivo.
O bloco se destaca como o único em Maceió a contar com tradutoras de Libras, proporcionando acessibilidade e garantindo que todos possam participar e aproveitar a festa.
A presença das tradutoras de Libras não apenas tornou o "Rasgando o Couro Rock Maracatu" um bloco inclusivo, mas também destacou a importância da comunicação acessível em eventos públicos.
Recorde de adesão do público
Em 2024, o bloco bateu o recorde no número de pessoas que acompanharam o desfile, o que reforça a valorização do público, que contribui para que o desfile aconteça com a mesma energia de sempre.
“Acompanhei o bloco Rasgando o Couro Rock Maracatu em todas as suas edições e posso dizer com propriedade que a cada ano o número de pessoas que acompanham o desfile aumenta e a festa fica cada vez melhor.”, contou a foliã Valéria Rodrigues.
Nas redes sociais, o bloco gerou grande repercussão, com elogios à diversidade musical, à inclusão de PCD e à presença das tradutoras de Libras.
A seguidora Carol Maia deixou sua mensagem na rede social do RCRM, “como é forte vivenciar tanta cultura, energia, alegria, arte e música! Sou fã de vocês!”.
Quem também deixou sua mensagem foi a seguidora Rosana Aubin, “foi tudo lindo, desde esses figurinos com a cara do Nordeste, até o repertório, o baque e a energia de todos dançando e celebrando a vida! Maravilhoso!”.
O "Rasgando o Couro Rock Maracatu", demonstra que a música tem o poder de unir, quebrar preconceitos e celebrar a diversidade. Este bloco não apenas fez a orla tremer, mas também marcou sua presença como uma celebração inclusiva que será lembrada por muito tempo.
FONTE: Assessoria
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