Na noite desta terça-feira (03), a Federação Alagoana de Futebol (FAF) promoveu uma reunião com presidentes, representantes, atletas e técnicos das equipes que disputarão o Campeonato Alagoano da Série B Sub-23 em 2024. O encontro teve como objetivo orientar os participantes sobre o combate à manipulação de resultados, em uma iniciativa pioneira da FAF.

O evento contou com a participação de Felippe Marchetti, representante da SportRadar, uma empresa de tecnologia reconhecida por seus mecanismos de prevenção à manipulação de resultados. Marchetti destacou a importância de identificar os "Agentes aliciadores" e alertou sobre os principais alvos desses agentes, que incluem atletas, treinadores, empresários, familiares e amigos dos jogadores. Ele mencionou que as posições de goleiros, zagueiros e atacantes são as mais visadas para a manipulação, com foco especial em jogadores jovens ou em fim de carreira.

Cícero Santana, conselheiro do Dimensão Saúde, equipe que disputará a Série B do Alagoano, elogiou a iniciativa da FAF. "A Federação está de parabéns, com uma reunião de alto nível, para que possamos unir forças e combater a manipulação de resultados", afirmou Santana.

Felipe Feijó, presidente da FAF, abriu a reunião agradecendo a presença e o comprometimento de todos os participantes. "Quero agradecer a disponibilidade de todos, o que mostra que estão dispostos a combater a manipulação de resultados. A Federação será incansável e conta com a parceria dos clubes", declarou Feijó. Ele também destacou que a FAF mantém um canal de denúncia à disposição de quem suspeitar de práticas de manipulação de resultados: ouvidoria@futeboldealagoas.net.

Recentemente, a FAF firmou um acordo com o Rei do Pitaco, reafirmando seu compromisso de proteger o futebol alagoano dos "maus atores".

Números Alarmantes

Em 2022, mais de cem casos de manipulação de resultados foram detectados no futebol brasileiro. De acordo com dados da SportRadar, as apostas movimentadas por partida no Campeonato Alagoano ultrapassaram 5 milhões de reais, demonstrando a gravidade do problema e a necessidade de iniciativas como a promovida pela FAF.

FONTE: ASCOM/FAF