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08/11/2024 às 23h07 - atualizada em 09/11/2024 às 07h37

Allan Jones

Maceió / AL

É o golpe de misericórdia: Collor tem nova derrota no STF e deve ser enterrado politicamente na prisão
Ministros rejeitam recurso do ex-senador e mantém condenação dele por corrupção e lavagem de dinheiro
É o golpe de misericórdia: Collor tem nova derrota no STF e deve ser enterrado politicamente na prisão

Depois de sofrer a humilhação nas eleições deste ano ao apoiar o sobrinho Fernando Lyra, o ex-senador Fernando Collor de Melo sofreu uma nova derrota no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (8) após os ministros da corte rejeitarem recurso e manterem a condenação de Collor a 8 anos e 10 meses de prisão.  


A prisão de Collor pode acontecer em breve. Este seria o pior capítulo para o político alagoano que viveu altos e baixos na política e também na vida. Em fim de carreira, Collor não possui nem de perto o prestígio que um dia já obteve. E será sepultado politicamente ao pagar a pena em que foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.  


Isso não é obra do destino. É apenas uma consequência do resultado e mostra a todos que Fernando Collor sempre foi um desastre na política. Não passa de um mero encantador de serpentes por ser portador de uma oratória eloquente e admirável.  


Nas eleições de 2022 ao Governo do Estado sucumbiu sem pena ao perceber que não ganharia mais para o Senado. Nem mesmo o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro foi suficiente para aliviar a barra de Collor. 


Se na política, ele fracassa mais uma vez, no meio empresarial, Collor sente também o amargo do fracasso. Sob o comando de suas empresas, o ex-senador não tem o hábil talento de administrador e vê a Organização Arnon de Mello sucumbir perdendo cada vez mais espaços entre os veículos de comunicação em Alagoas. Com a TV Gazeta prestes a perder a concessão da TV Globo e na penúria de uma recuperação judicial, os ex-funcionários amargam na justiça para receber os diretos trabalhistas não pagos por Collor, que tem grande fama de caloteiro.  


Neste dia 8 de novembro, o que diria os brasileiros que tanto sofreram na época do confisco da poupança quando o país foi presidido por Collor? E aqueles que passaram por quadros depressivos que o levaram a tirar a própria vida por conta da irresponsabilidade cometida pelo ex-presidente? 


Este é o duro fim político de Fernando Collor. Podia ter feito tudo diferente, mas optou por escolher caminhos obscuros.  


Que a solidão e a amargura da prisão lhe façam repensar em tudo o que já fez. 


A vida é uma roda gigante. Aqui se faz. Aqui se paga!

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