18/04/2024 às 14h39 - atualizada em 18/04/2024 às 17h45
Alberto Lima
Maceió / AL
Entre os dias 17 e 20 de abril, acontece o campeonato mundial de robótica da organização sem fins lucrativos FIRST, em Houston, nos Estados Unidos. O torneio reúne cerca de 15 mil estudantes de 6 a 19 anos, de mais de 50 países.
Neste ano, o Brasil terá a maior delegação desde que o primeiro time brasileiro competiu, em 2000: serão 144 competidores de 9 a 18 anos, de escolas públicas e particulares de 10 estados (AL, GO, MA, MG, MT, RJ, PR, RS, SC, SP). Eles vão acompanhados de 54 técnicos e mentores, que também compõem a delegação.
Os estudantes competem em equipes e por modalidades – da iniciante, com peças de LEGO, à mais avançada, com robôs de porte industrial, que chegam a 56 kg e 1,5 metro de altura. Dos 14 times brasileiros, 12 conseguiram a vaga para o mundial no Festival SESI de Educação, realizado pelo Serviço Social da Indústria em março, em Brasília. Outras duas equipes garantiram a classificação em torneios em Curitiba e no Canadá.
O superintendente de Educação do SESI, Wisley Pereira, lembra que, no ano passado, a delegação brasileira era formada por 11 times e cerca de 110 alunos, que trouxeram para casa oito prêmios.
“O Brasil entrou de maneira definitiva no circuito internacional da robótica em 2012, quando o SESI passou a realizar a seletiva nacional para o mundial da FIRST. A cada ano que passa, temos mais estudantes competindo. Prova da projeção do país é o aumento no número de vagas para o mundial do ano passado para cá”, observa.
Segundo Wisley Pereira, a robótica é o melhor exemplo que temos hoje de como o ensino prático de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática, que chamamos de STEAM, tem um impacto positivo e duradouro na formação dos jovens.
“A robótica dá a base e prepara o estudante para os desafios que ele vai encontrar no futuro. Tanto do ponto de vista técnico, porque os competidores aprendem a programar, a construir e a resolver problemas. Mas também do ponto de vista comportamental, porque eles desenvolvem competências socioemocionais como colaboração, criatividade, comunicação e empreendedorismo”.
Um torneio de robótica que vai além dos robôs
O mundial da FIRST é uma competição grandiosa e diferente. Isso porque ela não é só sobre ter o melhor robô. Além de programar e construir máquinas que devem cumprir tarefas em modo totalmente autônomo e teleoperado para somar pontos em partidas, os times também são avaliados por outros critérios.
Eles devem apresentar um projeto de pesquisa, que é uma solução para um problema real dentro do tema da temporada (neste ano, é Arte); plano de negócios da equipe, patrocínios e projetos sociais para levar a ciência e a tecnologia para a comunidade; os valores que eles apresentam durante o torneio, incluindo trabalho em equipe, inclusão, criatividade e diversão.
Conheça as equipes brasileiras
Das 14 equipes brasileiras, quatro competem pela modalidade iniciante, três pela intermediária e sete pela avançada. Quatro estudantes que estarão em Houston foram indicados como Dean’s List, prêmio individual que reconhece a liderança e a dedicação de jovens destaque.
Mesmo que suas equipes não sejam classificadas, eles são convidados a participar do mundial, onde têm um almoço com o fundador da FIRST e a oportunidade de entrar em contato com universidades norte-americanas. Caroline Martins, da equipe 5800 Magic Island Robotics, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), também representará o país, concorrendo ao prêmio de mentora – o Woodie Flowers Award.
FIRST LEGO League Explore
Estudantes de 6 a 10 anos formam equipes de até seis alunos, que montam um conjunto LEGO motorizado e cumprem 12 atividades propostas ao longo da temporada. Essa é a modalidade de entrada, em que os alunos exploram conceitos básicos de programação.
> Competem no mundial da FLL Explore 60 equipes, sendo 1 equipe brasileira
Escola Municipal Padre Valente Simioni, de Joinville (SC)
Prêmio na temporada: Challenge Solution
– 4 competidores: Henrique Alano Schmidt, 9 anos; Luiza Henrique, 9; Mariana Martins, 10; Marlon André David da Silva, 9
– 3 técnicos: Gilmara dos Santos, Ana Cláudia de Oliveira e Adriana de Souza
FIRST LEGO League Challenge (FLLC)]
Alunos de 9 a 16 anos formam equipes de 2 a 10 integrantes para construir robôs feitos de peças de LEGO, que devem cumprir uma série de atividades em uma mesa e somar o máximo de pontos em 2 minutos e meio. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática da temporada.
> Competem no mundial da FLL Challenge 108 equipes, sendo três brasileiras
Escola SESI CE 021, de Jundiaí (SP)
Prêmios na temporada: 3º lugar Champion’s Award (nacional)
– 7 competidores: Clara Ienne, 15; Caio Gimene, 15; Matheus Schoeps, 15; João Vitor Nunes, 14; Tiago Nascimento, 15; Yana Lara Santos, 15; Rodrigo Antunes, 12
– 2 técnicos/mentores: Rafael Capovila e Mário Roberto Sivi
Escola SESI CE 260, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP)
Prêmios na temporada: 1º lugar Design do Robô (regional) e 2º lugar Champion’s Award (nacional)
– 7 competidores: Maria Olivia Morais Andrade, 12; Heloisa Andrade, 12; Eloisa Pionti, 13; Eveli Natalia Torres, 13; Nicole Rafaela Carvalho, 13; João Pedro Marcolino, 13; Otávio Andrade, 15
– 2 técnicos/mentores: Ana Carolina Basilio e Mônica Marques
Escola SESI CE 303, de Araras (SP)
Prêmios na temporada: 2º lugar Champion’s Award (regional) e 1º lugar Champion’s Award (nacional)
– 7 competidores: Diego Eduardo de Jesus, 13; Leticia Silva, 15; Heloisa Moreira, 15; Francisco Di Pietro, 14; Marcos Aparecido, 14; Matheus Tonhetti, 14; Ana Clara Simionatto, 14
– 2 técnicos/mentores: Ana Paula Carrocci e João Pedro dos Santos
FIRST Tech Challenge (FTC)
Em equipes de até 15 competidores, estudantes do ensino médio constroem robôs de até 19kg a partir de um kit de peças reutilizáveis e uma variedade de níveis de programação. Eles desenvolvem ainda um plano de marketing, projetos sociais e um caderno de engenharia para detalhar o robô, que deve cumprir atividades, como carregar discos e arremessar um avião de papel em uma arena. Vídeo: conheça a FTC.
> Competem no mundial da FTC 192 equipes, sendo três brasileiras
Dean’s List: Ana Carolina Mariano Castro, da 21036 Justice FTC Team, Escola SESI Planalto, em Goiânia (GO); e Anthony Gabriell Jatobá, da 16049 FTCamb, da Escola SESI Cambona, em Maceió (AL)
Escola DHEL, de Belo Horizonte (MG)
Prêmios na temporada: Prêmio Conexão (regional); Prêmio Inspiração e Aliança Finalista (nacional)
– 7 competidores: Caetano Lana, 15; Daniel Filho, 17; Davi Delmaschio, 16; Gabriela Martins, 17; Heitor Lana, 15; Maria Eduarda Morais, 17; Sofia Pedersoli, 17
– 2 técnicos/mentores: Sérgio Lana e Débora Lana
Escola SESI Oscar Ferreira Magalhães Ferreira, de Barbacena (MG)
Prêmios na temporada: Prêmio Aliança Vencedora e Prêmio Controle (regional); Prêmio Aliança Vencedora – capitã e 2° lugar Prêmio Controle (nacional)
– 8 competidores: Bernardo Siqueira, 16; Valentina Ferreira, 16; Isaía Lobo, 17; Gustavo Luiz Damasceno, 16; Leonardo Cursio, 16; Matheus José Moreira, 16; Maria Clara da Costa, 17; Isabelle Araújo, 17
– 3 técnicos/mentores: Wesley de Almeida, Daniel Silva e Mariana Rodrigues
Escola SESI de São Luís (MA)
Prêmios na temporada: 2º lugar Prêmio Inspiração (nacional)
– 7 competidores: Nycolle Raquel da Silva, 16; Ana Julia da Cunha, 17; Lara Lays Pereira, 16; Pablo Aymar, 17; João Márcio Prazeres, 17; Hiana Geovanna de Aragão, 17; Maria Eduarda Silva, 16
– 3 técnicos e mentores: Luiz Eugenio Hoffmann, Diego de Oliveira e Angelo Antonio Barbosa
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FONTE: ASSESSORIA
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