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29/05/2025 às 17h06 - atualizada em 30/05/2025 às 08h53

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Recepcionista aciona Justiça após empresa negar licença-maternidade por 'bebê reborn'
Caso inédito em Salvador levanta debate sobre reconhecimento da maternidade afetiva e direitos trabalhistas.
Recepcionista aciona Justiça após empresa negar licença-maternidade por 'bebê reborn'
Bebê reborn. FOTO: reprodução

Uma recepcionista de Salvador entrou com ação na Justiça do Trabalho contra a empresa onde trabalha após ter o pedido de licença-maternidade negado sob a alegação de que ela não seria “mãe de verdade”, por cuidar de um bebê reborn — boneco que simula recém-nascidos e que tem ganhado popularidade como objeto de apego afetivo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


A funcionária relata ter sofrido escárnio, zombaria e assédio moral, e pede indenização de R$ 10 mil por danos morais, além do pagamento do salário-família e verbas indenizatórias.


Na ação protocolada em 27 de maio, a recepcionista afirma que desenvolveu um vínculo materno legítimo e profundo com sua filha reborn, destacando que, embora não haja gestação biológica, o apego emocional e o comprometimento afetivo são equivalentes aos da maternidade tradicional.


A defesa argumenta que negar a licença-maternidade nesse contexto é uma forma de reduzir a mulher à sua função reprodutiva, ignorando avanços do direito civil, da psicologia e da neurociência sobre parentalidade emocional.


O caso ganhou repercussão em meio ao crescimento do movimento “mães reborn”, que reúne pessoas que cuidam desses bonecos com dedicação e afeto, muitas vezes enfrentando preconceito e incompreensão.


Vídeos nas redes sociais mostram mulheres trocando roupinhas, alimentando e passeando com os bebês reborn, enquanto parlamentares têm apresentado projetos para regulamentar o acolhimento psicossocial dessas pessoas no Sistema Único de Saúde (SUS).

FONTE: InfoMoney

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