27/06/2025 às 15h49
Acta
MACEIO / AL
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (27), indicam que as alagoanas estão se tornando mães mais tarde. A idade média de fecundidade em Alagoas passou de 26,2 anos para 27,2 anos entre os Censos 2010 e 2022.
O envelhecimento da curva de fecundidade é tendência em todo o país, que tem registrado uma maternidade cada vez mais tardia, acentuada nos últimos anos. Entre 2010 e 2022 houve aumento da idade média de fecundidade em todos os estados. O Distrito Federal tem a maior idade média entre as unidades da federação, com 29,3 anos. Na outra ponta, o Pará registra uma maternidade mais jovem, na média dos 26,8 anos.
No Brasil, a idade média de fecundidade era de 26,3 anos no ano 2000; já em 2010, aumentou para 26,8 anos. Por sua vez, a diferença foi maior no último período entre os censos, com aumento da idade média de fecundidade para 28,1 anos em 2022.
Queda na taxa de fecundidade total
Além da maternidade cada vez mais tardia, os dados revelam que há menos filhos por mulher em todo o país. A Taxa de Fecundidade Total (TFT), que mede a quantidade estimada de filhos ao longo da idade reprodutiva (15 a 49 anos), caiu para 1,55 no Censo 2022. Em 2010, a TFT era de 1,90 para as brasileiras, já abaixo do nível de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher.
As mudanças na taxa de fecundidade total revelam um cenário em transição. Em 1960, a TFT era de 7,39 para a região Nordeste, atrás apenas da região Norte (8,56 filhos por mulher).
Ao longo das décadas, houve declínio significativo na fecundidade brasileira, com médias inferiores ao nível de reposição em todas as regiões, a partir de 2022. Contudo, a região Norte (1,89) ainda possui estados que, de modo isolado, apresentam índice superior: Roraima registrou a maior TFT do Brasil, com 2,19 filhos por mulher.
Apesar do declínio, Alagoas ainda tem a maior taxa de fecundidade total do Nordeste, com expectativa de 1,77 filhos por mulher, acima da média nordestina de 1,60 filhos.
Fecundidade é impactada por cor ou raça e nível de instrução
Alagoanas brancas são mães mais tardiamente: para elas, a idade média de fecundidade é de 27,5 anos. Para as mulheres de cor preta, a idade é reduzida: elas tendem a ser mães por volta dos 26,5 anos. Pardas têm idade média de fecundidade de 27,2 anos.
De modo geral, mulheres da cor ou raça branca são as que mais adiam a maternidade. A idade média de fecundidade das brancas no Brasil é de 29 anos.
O nível de instrução é outro aspecto que tem impacto na idade média e na taxa total de fecundidade. Mulheres com ensino superior completo tendem a ter menos filhos e são mães mais tardiamente. Do outro lado, mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto alcançam a maternidade mais jovens e têm maior taxa de fecundidade.
No Brasil, a idade média de fecundidade das mulheres com superior completo é de 30,7 anos e a taxa de fecundidade total (TFT) estima um número de 1,19 filhos por mulher. Quando se trata das mulheres sem instrução ou com baixa escolaridade, a TFT quase dobra – são esperados 2,01 filhos por mulher – e a maternidade chega mais cedo, na média dos 26,7 anos.
Em Alagoas, a disparidade é ainda maior: mulheres com superior completo têm idade média da fecundidade aos 31 anos, e as sem instrução são mães por volta dos 25,9 anos. A diferença também se alarga na taxa de fecundidade total: para alagoanas com ensino superior, é esperado 1,20 filho por mulher; já para as sem instrução ou fundamental incompleto, a taxa é de 2,36 filhos.
Mais sobre a pesquisa
A divulgação de Fecundidade traz dados do Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2022 para a população feminina do país. As informações são em nível Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, com recortes por cor ou raça, indígenas, instrução, religião e grupos de idade.
FONTE: Ascom IBGE-AL
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