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04/06/2025 às 09h22

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Resistência à insulina: quando o corpo deixa de responder e a saúde começa a se desequilibrar
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que a glicose entre nas células para ser usada como energia.
Resistência à insulina: quando o corpo deixa de responder e a saúde começa a se desequilibrar
Foto: Freepik

A resistência à insulina é um dos primeiros alertas do organismo de que algo não vai bem com o metabolismo. Trata-se de uma condição silenciosa, mas com impacto profundo na saúde, e que, se não for identificada e tratada precocemente, pode evoluir para diabetes tipo 2, esteatose hepática, síndrome metabólica e até doenças cardiovasculares.


Segundo o médico Djairo Araújo, com atuação nas áreas de Nutrologia e Medicina Esportiva, a resistência à insulina está se tornando cada vez mais comum — e o mais preocupante é que muitos pacientes só descobrem quando o quadro já está avançado.


“Os sinais iniciais são sutis e muitas vezes ignorados. Cansaço excessivo, ganho de peso, principalmente abdominal, aumento da fome e dificuldade para emagrecer devem acender o alerta”, afirma o especialista.


Entenda o que é a resistência à insulina


A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que a glicose entre nas células para ser usada como energia. Na resistência à insulina, esse processo falha: o corpo continua produzindo insulina, mas as células não respondem como deveriam — o que leva a um aumento da glicose e da própria insulina circulante no sangue.


Essa condição está diretamente relacionada ao excesso de gordura visceral, alimentação rica em ultraprocessados e carboidratos simples, sedentarismo, estresse crônico e privação de sono.


Entre os indícios mais comuns, destacam-se:


* Fadiga persistente, mesmo com boas noites de sono;


* Dificuldade para perder peso, especialmente na região abdominal;


* Manchas escuras na pele (acantose nigricans), geralmente no pescoço ou axilas;


* Queda de energia após refeições ricas em carboidrato;


* Alterações no humor e na memória;


* Exames laboratoriais com insulina de jejum elevada ou HOMA-IR alterado.


De acordo com o médico, é fundamental que esses sinais sejam levados a sério. A resistência à insulina é um desequilíbrio metabólico, não uma fase passageira. 


“Quanto antes for diagnosticada, maior a chance de reversão com ajustes simples nos hábitos”, alerta Djairo.


 


A boa notícia é que a resistência à insulina pode ser revertida — e, em muitos casos, sem uso de medicamentos. A chave está no estilo de vida:


 


* Redução da ingestão de açúcares e carboidratos refinados;


* Aumento do consumo de fibras, vegetais e proteínas magras;


* Prática regular de atividade física, com foco em exercícios de força e aeróbicos;


* Sono de qualidade e controle do estresse;


* Avaliação médica individualizada para acompanhamento metabólico.


Escutar  os sinais e agir com responsabilidade


A resistência à insulina é um dos grandes marcos de desajuste metabólico — e não deve ser ignorada. 


“Esperar o diagnóstico de diabetes para mudar os hábitos é como esperar a casa pegar fogo para comprar o extintor. A prevenção começa com informação, atenção aos sinais do corpo e acompanhamento profissional”, finalizou o especialista.

FONTE: Assessoria

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