Major matou duas pessoas, entre elas uma criança, e foi morto após reagir à abordagem do Bope. FOTO: reprodução

A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) confirmou na noite deste sábado (7) que o major Pedro Silva matou 2 pessoas, entre elas uma criança de 10 anos, na residência onde, mais cedo, ele fez a ex-companheira e familiares dela de reféns. De acordo com a secretaria, a cena encontrada dentro da residência foi de uma "carnificina". A criança, aparentemente, foi amputada.

Em entrevista à imprensa na noite deste sábado, o secretário-executivo da SSP, Patrick Madeiro, explicou que a ocorrência foi registrada por volta das 17h20, por uma equipe do da Rotan. Quando foi constatado que se tratava de uma situação com reféns, foi preciso acionar o Bope. O major havia feito 5 reféns na casa.

"No decorrer da negociação, 3 vidas foram salvas: 2 mulheres e 1 criança de 3 anos. Não há confirmação se estavam feridas ou não. Infelizmente, 2 óbitos foram registrados, além do [major], que morreu com a intervenção do Bope", explicou o secretário.

Ainda de acordo com Madeiro, dentro da residência foram encontradas facas e armas, e um cenário de "carnificina".

"A criança aparenta ter um ferimento de amputação, além de um corte de cabelo. O corpo de um homem estava na garagem. [Esse] é o pior cenário em ocorrência policial: ele atentou contra a própria família", conclui o secretário.

O major Pedro Silva estava preso na Academia da Polícia Militar, que fica no bairro do Trapiche, muito próximo ao local do crime. Não se sabe como ele saiu de lá e conseguiu ter acesso à casa da ex.

O secretário-executivo da SSP informou que a Polícia Militar abiu investigação interna para esclarecer como o major saiu da Academia. "Ele estava com a prisão preventiva decretada. Ele era major com prerrogativa de sala do estado maior, e estava detido na Academia de Polícia. Teremos uma investigação da PM para confirmar o que houve".