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05/06/2025 às 16h45 - atualizada em 06/06/2025 às 09h26

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Switch 2 é lançado no Brasil: Nintendo responde principais perguntas sobre novo console
Diretor de América Latina da fabricante explica alta de preços, games em português e importância do mercado para a empresa. Console é lançado nesta quinta, por R$ 4.500.
Switch 2 é lançado no Brasil: Nintendo responde principais perguntas sobre novo console
Nintendo Switch 2. FOTO: divulgação

A Nintendo lança seu novo console, o Switch 2, no Brasil nesta quinta-feira (5) — mesma data do lançamento global.


A decisão mostra a crescente importância que o mercado nacional tem para a fabricante japonesa. O primeiro Switch, por exemplo, só chegou oficialmente ao país em 2020, quatro anos depois de grande parte do mundo.


Ao mesmo tempo, o novo console tem um preço sugerido de R$ 4.500 (R$ 4.800, na versão com o game "Mario Kart World"), bem acima dos R$ 3 mil de seu antecessor há cinco anos.


Com poucas novidades entre funções e sistemas, o Switch 2 mantém o formato híbrido, mistura de console de mesa e portátil, que motivou o sucesso do primeiro.


Em entrevista ao g1, o diretor de América Latina da Nintendo, Bill Van Zyll, respondeu às principais perguntas que o público brasileiro tem e que só a empresa pode responder. Leia abaixo ao que ele falou durante evento de lançamento no país:


Por que o Switch 2 é tão caro no Brasil?


"O Brasil é um mercado com uma série de particularidades que impactam diretamente no preço final de produtos importados, como consoles. Estamos falando de uma cadeia que envolve impostos elevados, taxas alfandegárias, custos de importação, logística, distribuição e margens do varejo. Tudo isso se soma ao valor base do produto e resulta em preços mais altos para o consumidor final.


Sabemos que isso é motivo constante de frustração para os brasileiros, e com razão. Mas esses fatores estão, em grande parte, fora do nosso controle direto. Ainda assim, temos um forte interesse em tornar nossos produtos mais acessíveis e, sempre que possível, buscamos alternativas para reduzir esses custos e repassar as melhorias ao consumidor local."


Como baixar o preço no país no futuro?


"Um bom exemplo é o que aconteceu com o primeiro Switch. No lançamento, o preço era mais alto, mas ao longo do tempo conseguimos reduzi-lo. Isso se deveu, principalmente, a ajustes nas tarifas de importação e nos impostos no Brasil, e repassamos diretamente esses ganhos aos consumidores.


No caso do Switch 2, o preço sugerido está definido neste momento, mas seguiremos atentos a oportunidades semelhantes para reduções futuras. Também é importante destacar que o preço final ao consumidor depende do varejista — nosso papel é sugerir e trabalhar para tornar o custo base o mais viável possível."


Existe a possibilidade de produzir o console no Brasil?


"Agora não há nada a anunciar (a esse respeito). Nós já exploramos essa possibilidade, inclusive na época do Nintendo Wii. Avaliamos diferentes cenários, mas, por uma série de razões — logísticas, tributárias e operacionais — não avançamos com a produção local naquele momento.


Não há planos concretos para fabricar o Switch 2 no Brasil. No entanto, nunca descartamos a ideia completamente. Seguimos analisando o mercado e, se as condições se tornarem favoráveis, poderemos reavaliar essa possibilidade no futuro."


Por que os games também estão mais caros?


"O preço de cada jogo é definido individualmente, levando em conta uma série de fatores: custos de desenvolvimento, tecnologia utilizada (como o uso de cartuchos físicos), e também o valor de entretenimento que ele oferece.


Apesar disso, temos mais flexibilidade para manter os preços dos jogos mais próximos dos praticados em outros países, como os Estados Unidos. Em geral, o software sofre menos com as cargas tributárias do que o hardware, o que nos permite praticar preços mais acessíveis.


Além disso, acreditamos que nossos jogos oferecem um excelente custo-benefício, considerando a quantidade de horas de diversão que proporcionam. Se pensarmos no valor por hora de entretenimento, eles se mostram uma excelente escolha."


O primeiro foi lançado no Brasil quatro anos depois do resto do mundo. O Switch 2 chega no mesmo dia. O que mudou nesse tempo?


"Essa mudança representa um marco importante para a Nintendo no Brasil. Desde o lançamento do primeiro Switch, nossa equipe e diversas áreas dentro da empresa têm trabalhado intensamente para dar maior visibilidade ao mercado brasileiro.


Pessoalmente, tenho vindo ao Brasil há quase 20 anos e sempre fiquei impressionado com a paixão dos fãs locais. Eles foram extremamente vocais ao longo dos anos, cobrando mais atenção da Nintendo. E com razão. Essa energia e entusiasmo foram um combustível importante para mim e para nossa equipe.


O resultado desse trabalho é que agora conseguimos colocar o Brasil no calendário global de lançamento do Switch 2, algo que nos enche de orgulho. É uma conquista que deve muito à força da comunidade e do mercado brasileiro."


A tradução dos jogos para o português brasileiro vai continuar?


"É uma prioridade crescente para nós. Embora muitos jogadores brasileiros falem inglês, há uma parcela enorme do público — especialmente os mais jovens — que depende do idioma local para aproveitar os jogos por completo.


Temos investido cada vez mais na localização dos títulos para o português do Brasil. Um exemplo marcante é a atualização que adicionou o idioma a 'The Legend of Zelda: Breath of the Wild' e 'Tears of the Kingdom'. Isso é algo inédito para nós — jogos lançados há anos recebendo um patch assim. Isso mostra como estamos ouvindo os pedidos dos fãs.


Quais os desafios envolvidos para garantir o estoque no Brasil?


"Já iniciamos a pré-venda no Brasil e os estoques iniciais se esgotaram rapidamente em plataformas como Amazon, Kabum e Mercado Livre. Isso mostra o grande interesse do público, mas também aponta para o desafio de atender à demanda com eficiência.


Estamos trabalhando para garantir que tanto o varejo online quanto o físico estejam abastecidos. O mercado brasileiro passou por mudanças consideráveis — basta lembrar o caso das Lojas Americanas, que já foram um dos maiores vendedores dos nossos consoles no país.


Apesar dos desafios, estamos reconstruindo parcerias com os principais varejistas para assegurar que o Switch 2 esteja disponível de forma ampla e confiável."


Como a Nintendo vê o mercado brasileiro? Como um público que já tem o Switch e vai passar para o 2 ou como potencial para atrair novas pessoas?


"Acreditamos fortemente nas duas frentes. O sucesso da pré-venda sugere que muitos dos compradores iniciais são fãs da marca, já donos do primeiro Switch, e que agora estão migrando para a nova geração. Esses jogadores conhecem o valor da plataforma e querem aproveitar as melhorias do novo modelo — como o suporte a chat de voz, os sensores avançados e a performance superior.


Ao mesmo tempo, ainda vemos um enorme potencial de expansão. Há muitos brasileiros que ainda não têm um console da Nintendo.


Por outro lado, continuamos a apostar no original como uma excelente porta de entrada para novos jogadores — são mais de 15 mil jogos disponíveis, com um preço mais acessível.


Muitos jogadores que estão em outras plataformas, como computadores, PlayStation ou Xbox, costumam buscar o Switch por causa das franquias exclusivas da Nintendo, como 'Mario', 'Zelda' e 'Pokémon'. Queremos atingir esses públicos também."

FONTE: g1

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